Câncer de estômago

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O câncer de estômago, ou câncer gástrico, é o quarto mais comum entre homens no Brasil e o sexto mais frequente entre as mulheres (INCA-2020), com aumento da incidência em ambos os sexos a partir dos 35 anos. No Brasil, a incidência varia de acordo com a região, sendo a cidade de São Paulo a de maior incidência para homens e Goiânia para mulheres.

Existem tipos diferentes de câncer gástrico, sendo o adenocarcinoma o mais frequente (90%). Outros exemplos são o linfoma (3%), tumor estromal (1%), sarcoma, tumor neuroendócrino e outros, cada qual com apresentação, evolução e tratamento diferente.

O adenocarcinoma gástrico pode ser do tipo difuso (mais comum em mulheres jovens do grupo sanguíneo A, de pior prognóstico e metástases sanguíneas precoces) e pode ser do tipo intestinal (mais frequente, mais comum em homens de idade avançada e surgindo de lesões pré-cancerosas). Quanto à extensão, pode ser classificado como precoce, quando está restrito às camadas mais superficiais da parede do estômago, ou avançado, quando invade as camadas mais profundas do estômago, disseminando-se para outros órgãos a distância (metástases).

A causa do câncer de estômago é desconhecida, mas existem fatores hereditários e ambientais claramente envolvidos, como:

  • infecção gástrica crônica por Helicobater pylori
  • idade avançada
  • sexo masculino
  • dieta rica em sal
  • consumo de alimentos defumados
  • tabagismo
  • gastrite atrófica e hipertrófica
  • metaplasia intestinal gástrica
  • anemia perniciosa
  • pólipo adenomatoso
  • pólipos estomacais
  • polipose adenomatosa familiar
  • mutação nos genes BRCA 1-2


Um fator ambiental importante é a infecção crônica pela bactéria H. pylori, considerada a infecção crônica mais comum do ser humano, afetando 60% da população em países desenvolvidos e 80% em desenvolvimento, geralmente adquirida na infância e transmitida de forma fecal-oral, oral-oral e gastro-oral. Extremamente adaptada ao ambiente ácido do estômago, possui diversos mecanismos de virulência, provocando dano contínuo às células do estômago e que persistem mesmo após a sua erradicação, como a atrofia e metaplasia intestinal, aumentando assim as chances do câncer gástrico.

O câncer de estômago pode ser assintomático, como ocorre no câncer gástrico precoce (restrito à camada superficial) em até 80% das vezes. Nos casos avançados, pode apresentar sintomas semelhantes aos da úlcera péptica, que incluem:

  • dor abdominal
  • perda de peso
  • náuseas
  • vômitos
  • perda de apetite
  • emagrecimento
  • dificuldade em engolir alimentos
  • sensação de empachamento
  • anemia

videoendoscopia digestiva alta com equipamentos modernos e recursos de cromoscopia digital e magnificação de imagem associada às biópsias representa a ferramenta mais importante para diagnosticar, localizar e conhecer a extensão, realizar possível tratamento e propor cuidado paliativo para o câncer de estômago. Outros exames como a ecoendoscopia e a tomografia (PET-CT) são também úteis como exames complementares para a avaliação da extensão da doença.

A presença da bactéria H. pylori  pode ser detectada com uma endoscopia digestiva alta com biópsia. Essa bactéria está ligada à presença de gastrites, úlceras e também do câncer gástrico.

O tratamento para câncer gástrico pode variar dependendo do tipo de câncer e da sua extensão e profundidade na parede do estômago. Quanto mais cedo se detectar e mais superficial for, maiores são as chances de cura. Por isso a importância de se vigiar periodicamente por videoendoscopia os grupos de risco citados anteriormente.

A erradicação do H. pylori é recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelos consensos mundiais como prevenção do câncer gástrico, mesmo nos indivíduos sem sintomas. Os pacientes que desenvolveram lesões crônicas relacionadas à infecção pela bactéria, como a gastrite atrófica e metaplasia intestinal, por serem irreversíveis, devem ser vigiados por endoscopia periodicamente.

O tratamento cirúrgico do câncer gástrico, quando precoce, pode ser curativo em até 90% dos casos em um período de 5 anos. O tratamento endoscópico com remoção da lesão tumoral, quando superficial, e respeitando os critérios de indicação, também representa um método eficaz e pouco invasivo.

Os casos de câncer gástrico avançados via de regra são cirúrgicos, têm pior prognóstico e podem ainda receber tratamento com radio e quimioterapia associado.

Não se sabe ao certo o que causa o câncer de estômago. Mas você pode tomar medidas para reduzir o risco fazendo pequenas mudanças nos hábitos de vida. 

  • Exercite-se

  • Coma mais frutas e vegetais

  • Pare de fumar

  • Evite o álcool

  • Erradique o H. pylori

  • Realize endoscopia periódica

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